All for Joomla All for Webmasters

logo

 

12104696 D25C 4232 80FE 961C7B66D8E3

F813E31C C9AC 434C BF6A E01F753DDFC5

web banner coletivo cartão fidelidade 728x90px

cultura logo

Cresce a participação das mulheres no mercado de trabalho, mas persiste desigualdade salarial

08/04/2025

mercadotrabalho

O 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgado pelo Governo Federal, evidencia avanços na participação feminina no mercado de trabalho, mas destaca que a desigualdade salarial de gênero ainda é significativa no Brasil.

Apesar do aumento da presença feminina, mulheres ganham, em média, 20,9% menos que homens em empresas com 100 ou mais empregados. Enquanto a média salarial das mulheres é de R$ 3.755,01, a dos homens é R$ 4.745,53. A situação é ainda mais crítica para mulheres negras, que recebem apenas R$ 2.864,39 em média.

Houve um crescimento de 18,2% na inserção de mulheres negras no mercado de trabalho. Também caiu o número de empresas com até 10% de mulheres negras (de 21.680 para 20.452), e aumentaram os estabelecimentos com diferença salarial de até 5% entre homens e mulheres.

A participação das mulheres na massa total de rendimentos do trabalho subiu de 35,7% para 37,4% entre 2021 e 2024, porém essa evolução é contida pelos salários mais baixos recebidos por elas, mesmo com o aumento de presença no mercado.

As mulheres continuam ganhando menos em diversos cargos:

• Diretoras e gerentes: 73,2% do salário dos homens.
• Profissionais de nível superior: 68,5%.
• Serviços administrativos: 79,8%.

Os menores índices de desigualdade salarial estão em estados como Pernambuco (9,14%), Acre (9,86%) e Distrito Federal (9,97%). Já os maiores estão no Paraná (28,54%), Espírito Santo (28,53%), e Santa Catarina (27,96%).

Iniciativas do Governo

O governo lançou:

• O Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial, com orientações para negociações e reflexões sobre disparidades.
• O Movimento pela Igualdade no Trabalho, com apoio de empresas e organizações, e uma carta aberta à população incentivando a adesão.

O relatório se baseia na Lei nº 14.611/2023, que trata da igualdade de salários e critérios remuneratórios entre homens e mulheres. O Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral, lançado em setembro de 2024, visa ampliar e manter a participação feminina no mercado, com ações transversais entre ministérios e um orçamento de R$ 17 bilhões até 2028. A proposta é aumentar a transparência e promover a equidade no ambiente de trabalho.